Foto: Ian Tâmbara
7ª Jornada Internacional de Política e Direito de Santa Maria discutiu, sábado, assuntos relacionados ao tema Estado e Democracia
Quatro deputados estiveram presentes na 7ª Jornada Internacional de Política e Direito de Santa Maria, realizada no sábado, no Itaimbé Palace Hotel, em Santa Maria. Entre os convidados para participar de um painel com o tema "Estado e Democracia: Onde estamos e para onde vamos? Pautas essenciais do século XXI", estiveram os deputados estaduais Eric Lins (DEM), Rodrigo Maroni (Pode), e o santa-mariense Giuseppe Riesgo (Novo), além da deputada federal Fernanda Melchiona (Psol).
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Junto com os deputados, também participaram do painel o cientista político Reginaldo Perez e o advogado Ricardo Jobim, com mediação do advogado e ex-procurador da Câmara de Vereadores de Santa Maria, Márcio Bernardes de Souza.
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O evento é organizado todos os anos pelo Diretório Acadêmico de Direito da Universidade Franciscana (UFN). Na edição de 2019, foram dois dias de palestras e painéis com diversos temas que englobam a prática do Direito, como a política, direitos humanos, democracia, redes sociais, dentre outros.
No evento, que contou com 200 pessoas na plateia, foram abordadas questões que envolvem a educação no início do atual governo, como a troca de cadeiras no MEC e o corte de verbas das universidades federais.
O QUE DISSERAM OS DEPUTADOS
- Giuseppe Riesgo (deputado estadual pelo NOVO): "A educação é uma das poucas funções que acredito que devem ser dever do Estado. Isso porque deve ser responsável para garantir o mínimo de oportunidade para todos. Usar o dinheiro de forma racional. Não é simplesmente jogar os recursos de qualquer forma. A gente gosta de atacar o capitalismo, mas nada mais é a liberdade das pessoas fazerem o que elas querem. Em uma economia de livre mercado, as pessoas podem ser induzidas de um lugar ao outro conforme o lucro e, assim, ela funcionará."
- Rodrigo Maroni (deputado estadual pelo Pode): "Falaram que tínhamos ideologia na educação.Mas o nosso presidente elegeu os três filhos em nome de Deus. Nós somos desiguais, a natureza, o país é desigual, e educação é para quem está mais à frente. Minha visão sobre economia é que o Brasil vive o pior momento econômico e político da sua história."
- Eric Lins (deputado estadual pelo DEM): "Ouvi falar de dinheiro, de diferença social, mas não ouvi ninguém falar sobre qualidade. A Constituição não tem palavras vazias, temos que interpretá-la de forma completa. O professor é coadjuvante, e o personagem principal é o aluno. Se a arrecadação não seguir no mesmo caminho, teremos um problema. Queremos a educação funcionando, mas por conta das disputas ideológicas, o Brasil deixou de pensar no ensino de qualidade. Precisamos de uma educação que tenha resultado e, para isso, precisamos parar com as disputas dentro da escola e focar nos alunos. E parar de ter disputas políticas dentro do Congresso e pensar em soluções que nos tragam uma educação autossustentável. O que me importa é que as pessoas tenham dignidade e não que sejam servos de um discurso ideológico fracassado."
- Fernanda Melchiona (deputada federal pelo PSOL): "Ele foi lá se explicar que o ensino vai mal e, de repente, corta o dinheiro da educação. O que a gente vê é um governo ideológico, que se une a uma agenda ultraideológica, ao unir uma agenda liberal e reacionária para liquidar o pensamento crítico. Bilionários controlam a mesma renda que 100 milhões de brasileiros. O capitalismo está levando a humanidade para riscos, inclusive, do futuro do planeta. A economia é um tema estruturante. Temos de pensar em uma análise de que o lucro não esteja acima da vida."